PRIMEIRO ANO

Alarte
Alohomora
Aquamenti
Depulso
Expelliarmus
Faísco
Fera Verto
Kadabrus
Lumos
Nox
Protego
Reparo
Scarlatum
Spongify
Substituto
Wingardium Leviosa

SEGUNDO ANO
Aparecium
Avis
Colloportus
Colovaria
Engorgio
Everte Statum
Finite Incantatem
Impedimenta
Incendio
Oppugno
Petrus
Scourgify
Reduccio
Rictusempra

TERCEIRO ANO
Abaffiato
Aberto
Aresto Momentum
Avifors
Diffindo
Flagrate
Immobulus
Locomotor Objeto
Pericullum
Quietus
Silencio
Sonorus
Tergeo
Waddiwasi

QUARTO ANO
Accio
Ascendio
Cabeça-de-bolha
Estupefaça
Evanesco
Glacius
Homenum Revelio
Impervius
Illegibilus
Lapifors
Melofors
Mobilicorpus
Petrificus Totalus
Reducto

QUINTO ANO
Anapneo
Bombarda
Collare
Cutare
Descendo
Denigro
Erecto
Esferi
Expecto Patronum
Mutare Face
Finestra
Homorfo
Pontalíngua
Riddikulus

SEXTO ANO
Canis Futum
Confundo
Cegare Momento
Distorccio
Obscuro
Petrus Pontus

SÉTIMO ANO
Defodio
Deprimo
Enjaulius
Glisseo
Piertotum Locomotor
Salvio Hexia

Eletricus — ᚻᛞ Hagalaz + Dagaz

Incendio — ᛉᚴ Algiz + Kenaz
Finite Incantatem — ᚻᛈ Hagalaz + Perthro
Lumos — ᛊᛞ Sowilo + Dagaz
Specialis Revelio — ᛈᚻ Perthro + Hagalaz
Protego — ᛉᛗ Algiz + Mannaz
Hrafnaguð — ᛇ Eihwaz
Geirǫlnir — ᚺ Hagalaz
Accio — ᛖᚠ Ehwaz + Fehu
Animus Bombarda — ᛒᛏᛈ Berkano + Tiwaz + Perthro
Avis — ᛟᚠ Othila + Fehu
Herbivicus — ᛊᛃ Sowilo + Jera
Serpensortia — ᛁᚠᚦ Isa + Fehu + Thurizas
Hrafnaguð-Protego-Lumus — ᛇᛉᛗᛋᛞ Eihwaz + Algiz + Mannaz + Sowilo + Dagaz
Episkey-Férula — ᛝᛗᛉ/ᛝ Inguz + Mannaz + Algiz + / + Inguz
Protego Horriblis — ᛋᛉᛗᛏᚱ Sowilo + Algiz + Mannaz + Tiwaz + Raidho

1x Figurinha d'O Harpista Clássico da Cornualha

Artefato Mágico — Vassoura Morgana's Wish 2004
Emprestado — "A Dama do Lago", de autor desconhecido
Relíquia Mágica — Óculos de Rubi
Artefato Mágico — Gungnir
1x Exemplar do "Grimório de Runas Antigas", de Onur Sharifzadeh
1x Exemplar de "A Magia Ancestral de Morgana LeFay", de Eustacia Lagnahild
Artefato Mágico — O Broche de Mordred, o Corvo Sentinela
Artefato Mágico — O Garrote de Gwydion
Artefato Mágico — A Cruz Ansata
1x Exemplar de "A Arte da Oclumência", de Irving Vanthorn
Relíquia Mágica — A Aliança de le Fay

Desde o momento que recebeu a visita de Bolota, uma velha coruja do Diretor da Grifinória, Spencer Lefkowitz não conseguiu deixar de imaginar que estava em apuros. Fosse pelo fato de que Brownstead era o encarregado por Herbologia, uma das matérias que ele mais detestava, ou porque simplesmente ter uma reunião particular convocada por um docente já era algo ansiogênico, o resumo da ópera era que o ruivo já havia roído até as unhas dos pés.


Não sabia, entretanto, que o seu tino estava correto. Pisar na Estufa de número três junto com Joseph Burbidge, Andromeda Kierr, Noah Bergkamp e Rose Whitmore foi o primeiro dominó de uma cascata de ocorrências traumatizantes para o terceiranista: seja por causa da experiência com a Mortífera Gasosa ou com a sua ineficácia em conter os fumos danosos que ela expelia no breu quase absoluto daquele viveiro aterrorizante nos Jardins de Hogwarts

A saída, entretanto, foi a pior parte. Quando da experiência intoxicante com o exemplar exótico de Brownstead se tornou verdadeiramente um trauma, porque abriu espaço para um assassinato que, apesar de tão próximo do grupo, passou inteiramente despercebido. Quando alguém vê um unicórnio morto pela primeira vez, algo muda no seu cerne permanentemente. Agora, cabe à curiosidade dos terceiranistas e a sua imprudência chegarem às conclusões necessárias e responder à pergunta que mais importa — Hogwarts ainda era um lugar seguro?

Nada poderia ter preparado Spencer Lefkowitz para a chegada dos primeiranistas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts naquele ano. A noite, que já começou badalada graças aos anúncios para lá de interessantes da diretora Bulstrode a respeito de criptas amaldiçoadas no castelo, foi só melhorando na medida que os corvinos foram sendo selecionados para a torre no Quinto Andar.


Inclusive, o trajeto até o Salão Comunal, feito junto com os calouros e Liane Orpington, sofreu um grande detour quando a pintura de Wendelin, a Esquisita, se recusou a deixar que o terceiranista levasse os novatos para a Torre da Corvinal. Segundo o quadro, “Spencer não era um monitor!” e, portanto, não podia se encarregar da função de cuidar dos seus mais novos. Quanta baboseira.

Acabou que tiveram de dar a volta pelo Primeiro Andar e subir pela escadaria em espiral, em meio a lamúrias penosas sobre todos os degraus. Apesar de todas as tribulações, finalmente chegaram ao conforto do Salão Comunal, onde encontraram Penelope Dunst e Butch Greenfeld. Lá, o veterano se encarregou de liderar uma breve dinâmica de apresentação dos primeiranistas (conforme sugerido por Carmilla Mortimer) e, assim, pode encerrar a primeira parte da noite dos corvinos que, posteriormente, acabaria em Pirraça.

“Muach!”

― Onomatopéia de beijo, segundo Penelope Dunst.

O final do Terceiro Ano tinha sido marcado pelo sangrento Halloween, engruvinhado permanentemente na memória de todos os alunos de Hogwarts como um grande desastre que culminou na expulsão de um veterano da Sonserina, no cancelamento da estimada Copa das Casas e em diversas crianças feridas, dentre elas, um querido Rhys Greengrass. E, claro, naturalmente, Spencer estava envolvido nessa peripécia, em busca da aventura de sua vida pelas criptas amaldiçoadas.


Ainda que não tenha descoberto nenhuma pista até o final do ano letivo, foi agraciado com uma excelente surpresa no início do Quarto Ano quando encontrou junto com a turma de 2000 figurinhas de Sapos de Chocolate que apontavam para Nimueh e a Távola Redonda. Spencer, especificamente, encontrou uma d’O Harpista Clássico da Cornualha, um druida, a quem iria pesquisar mais a fundo. Ainda nessa investigação da Brigada Mágica, obteve uma visão através da Maldição do Sterilus: “Um testrálio. Ela parece sobrevoar a Torre do Corujal após roubar uma relíquia mágica poderosa que se assemelhava a um cálice”. Por enquanto, claro, não é capaz de destrinchar o significado por detrás dessa enigmática visão do passado, entretanto, ele e Joseph Burbidge não têm o interesse de desistir.

No entanto, apesar de ser uma figura aparentemente muito querida entre seus pares, parece ter finalmente desenvolvido algum grau de antagonismo na escola e não surpreendentemente com um Sonserino. A pior parte, claro, é que se trata de Corvus Lestrange, provavelmente o aluno mais poderoso da escola graças ao seu pai. Apesar de não ter razões para uma briga feia, Lefkowitz não duvida que em breve terá de lidar com desentendimentos com alguns dos pirralhos dos Sagrados Vinte e Oito.

“O Edmund Alcott é filho da Nimueh?!”

― Spencer Lefkowitz, em sinal de confusão com as narrativas concomitantes na Brigada Mágica.

As aventuras no Lago Negro sob a tutela de Brownstead pareciam reservar a Lefkowitz um par de informações que ele jamais seria capaz de sonhar em sua vida. A primeira delas se tratava do fato de que sua ansiedade parecia chegar a níveis estratosféricos quando se colocava de babá dos seus queridos amigos corvinos. A segunda informação vinha em forma de uma "visão", obtida subaquáticamente junto de Lukyan Morganach, que mostrava uma mulher de longos cabelos negros mergulhando. Na sua psiquê, a história se formava: Na última aventura da Brigada Mágica, alguém parecido tentava estudar um cálice, mas... Qual a ordem dos fatos? Teria de estudar muito para descobrir.


Ademais, o debate a respeito do uso das Artes das Trevas também se faz digno de nota. Não pela participação de Spencer que, se foi alguma coisa, foi irrisória, mas o fato de que as diferentes visões de mundo pareciam intrigá-lo em um nível inesperado. Lefkowitz se via incapaz de argumentar a favor ou contra, balançado pelas duas vertentes como um barco em alto-mar. No momento em que teve que retirar Gunther Olivaras do meio da sala pelo seu comportamento agressivo, no entanto, viu-se em uma admiração ainda maior pelo rapaz. Sua visão de mundo e o conhecimento que ele detinha a respeito da Varinhologia eram admiráveis. Talvez por isso Spencer tenha enfiado a cabeça de Safo Rossweise dentro de uma abóbora quando ela o xingou de "animal". Felizmente, Rhys Greengrass estava lá para salvar o dia, não é, Rhys?

“Eu vou me lembrar dessas palavras, Lefkowitz!”

― Pirraça, o poltergheist mais medroso de todos os tempos.

Não é surpresa que os acontecimentos do último ano letivo tenham me causado um tremendo vazio no peito. Não tenho dormido tão bem e devo confessar que o peso da culpa pelo ocorrido parece me afundar pelos ombros. Tenho certeza que nenhum de vocês me aponta o dedo diretamente e que sentem muito pelo meu martírio (como me foi dito, inúmeras vezes), mas não me é natural ter de conviver com tamanha angústia. Não descanso sabendo que nosso amigo Sebastian Crouch está sofrendo constantemente, pagando o preço por ter sido o que todos nós somos: Crianças e adolescentes aventureiros e curiosos.


Gostaria de encontrá-los hoje no nosso Salão Comunal, durante a noite. Se puderem tirar trinta minutos do seu tempo, podemos bater um papo e comer alguns biscoitos antes do toque de recolher. Sei que todos temos muita coisa pra colocar pra fora, em especial dado o clima obscuro que nos cerca.

Com muito carinho,
Spencer Alexander Magnhild-Lefkowitz.
Monitor, 5º Ano.

Spencer, quando se apresenta diante do professor Sharifzadeh perguntando se ele seria seu tutor para um conhecimento mais avançado em Runas Antigas, esperava qualquer resposta menos "sim". Honestamente, ele já tinha em mente que o docente riria da sua cara por ele ser um mero estúpido quintanista, mas não foi isso que aconteceu, para a surpresa de Lefkowitz. O mestre, numa lição a respeito de arte e da magia que pode ser impregnada nela, introduziu um novo aspecto do estudo dos amuletos que jamais teria passado pela cabeça de seu pupilo. Em comunicação com o dom transfiguratório, estudariam a arte da Animação por meio das Runas, e dos diferentes efeitos impregnáveis nas obras de arte criadas por mãos habilidosas.


Ao criar uma serpente de duas-cabeças e trazer vida ao seu objeto, Sharifzadeh explica sobre como ᛒᛏᛈ (A Terra que Conhece o Mistério) teria um efeito similar do feitiço "Animus Pensandi" sob as criações de mestres rúnicos. Não obstante, tornaria possível que esse objeto em si se tornasse um veículo de magia, o que ele demonstra através da enunciação de "Herbivicus", em sua versão rúnica, que tornava a serpente um ser folhado diante dos olhos do estudante corvino.

Como se não pudesse ficar mais intrigado, chegou a sua vez de praticar o que lhe foi demonstrado e, com muita calma e dedicação, Spencer se viu criando uma forma simples e desprovida de elegância: um Trasgo-Montanhês que, honestamente, não estava tão ruim assim. Seu barrigão, acompanhado das pernas grossas, braços curtos e cabeça pequenininha, tornavam o objeto funcional e identificável, o que ele vê que era realidade ao ativar as runas-chave para trazê-lo à vida. Infelizmente, claro, ainda precisava aperfeiçoar a dosagem de magia que aplicava na sua ativação, já que acabou sobrecarregando seu amuleto com o próprio entusiasmo, tornando-o inútil diante de seu propósito. Ao vê-lo ser consumido por chamas através do brinco "Kenaz", implantado propositalmente no seu interior para ilustrar a mesclagem de amuletos, Spencer percebe aquilo como uma boa metáfora para como ele próprio, não diferente de sua criação, tem consumido a si mesmo em prol de sua magia que, graças à Maldição do Sterilus, tem data de validade.

“Nunca desenhe nada de cabeça!”

― Professor Sharifzadeh após ver o Trasgo-Montanhês de argila feito por Spencer

Recentemente Lefkowitz obteve acesso à Seção Reservada da Biblioteca de Hogwarts junto da Brigada Mágica e, dessa maneira, viu um novo universo se abrir diante dos seus olhos. Utilizando os seus Óculos de Rubi, garimpou os exemplares com maior teor mágico impregnado e selecionou uma ampla gama de títulos que cativaram o seu interesse. O primeiro deles foi um exemplar de capa grossa, A Dama do Lago.


As suas visitas mais recentes tiveram objetivos, a princípio, similares. Seu foco era pesquisar mais a respeito de Magia Ancestral, a sua definição, fundamentos e características únicas que tornavam Morgana singular dentre os seus pares. Também gostaria de saber a respeito do segredo por detrás da transformação de Morgana em um pássaro, curioso a respeito da história da Animagia através dos séculos.

Seus achados não foram exclusivamente arturianos, apesar de predominantemente incluirem investigações a respeito da figura vista no Lago Negro, o Cálice, LeFay e a própria Dama do Lago. Lefkowitz também adquiriu alguns exemplares em Animação, nos quais pôde estudar Animus Novandi e Animus Pensandi (apesar de não conseguir praticá-los), e uma breve introdução à Oclumência.

“[...] ela desenvolve uma poderosa força, que, no auge de sua juventude, se revela como a Magia Ancestral.””

― A Fada Morgana, 77ª edição

O Quinto Ano de Hogwarts chegou e, com ele, uma série de novas responsabilidades para Spencer Lefkowitz. Em primeiro momento, já havia se acostumado em algum grau com o título de babá dos corvinos, um trabalho que, pessoalmente, ele adorava. Viu-se responsável por cuidar de longe dos seus protegidos na sua primeira visita em Hogsmeade, presenteando-os com uma Poção Apimentosa para cada (que, ele enfatizava, não foi de sua autoria e era segura para consumo. Infelizmente, os pais de Lefkowitz não permitiam a sua visita ao vilarejo próximo à Hogwarts por razões pessoais.


O acréscimo no desenvolvimento das suas habilidades em Runas Antigas também foi um ponto chave no ano de 2002. Nele, Spencer se consagrou como um membro dos Rúnatýr e pupilo pessoal de Onur Sharifzadeh. Desenvolveu o seu primeiro artefato mágico com funções simultâneas, adaptado a partir de seu antigo broche da Corvinal que havia usado do Primeiro Ano até o atual. O protótipo, apesar de funcionar de maneira excepcional, ainda pode ser aprimorado. Para isso, o próximo objetivo de Spencer é aprender a melhorar o seu Protego e também trocar as runas ᛟᚠ, de Avis, para uma mais simples e mais complexa, ᛇ, do encantamento rúnico Hrafnaguð.

Seria irresponsável e incompleto, contudo, terminar o relato do diário sem mencionar a história completa do ocorrido na última noite do ano letivo. A quem possa interessar, Lefkowitz estava em uma reunião secreta d’Os Oprimidos de Hogwarts na Sala Precisa, ou Vai-e-Vem, como foi recentemente apelidada. Por lá, decidiu experimentar um Armário Sumidouro, encorajado por Ysabeul Clermont. A última coisa que ele se lembra é de ter fechado a porta.

Sabe-se que Spencer foi encontrado sob a posse de um espírito esmeralda de frente para um espelho misterioso no Quinto Andar, no qual foi responsável por abrir uma das Criptas Amaldiçoadas apesar dos protestos de seus colegas e das tentativas frustradas de Joseph Burbidge em impedí-lo. Em meio a murmúrios confusos e flashes que ilustravam o passado da Fada Morgana e de seu destino, testemunhou indiretamente a ressurreição da bruxa ancestral e, simultaneamente, o despertar de uma habilidade mágica inata que ainda não tinha compreendido ou detectado completamente: sua Magia Ancestral.  

“Você gosta de pudim de passas?”

― Spencer Lefkowitz para Margaret O’Brien no vilarejo de Feldcroft.

“Eu sinto muito pela Mika, Hella. Sei que tenho muito a explicar...”

― Spencer Lefkowitz em carta enviada para Gregorovitch.